O Recreio dos Bandeirantes é um bairro fascinante no Rio de Janeiro, com uma história interessante. Vamos lá!
Até o ano de 1920, a área que hoje compreende o bairro Recreio dos Bandeirantes era um vasto e desolado terreno de 3 milhões de hectares. Contudo, a história desse lugar mudou quando Joseph Weslley Finch adquiriu uma parte dessa terra do Banco de Crédito Móvel e a dividiu em lotes. Muitos paulistas adquiriram terrenos à beira-mar e construíram casas de veraneio. Por isso, a região passou a ser conhecida como Recreio dos Bandeirantes. Na virada para o século XXI, em conjunto com outros bairros da Zona Oeste, como Camorim e Vargem Pequena, foi a região da cidade que apresentou maior crescimento populacional12.
Em 1953, o Projeto de Urbanização do Recreio dos Bandeirantes (PA 6028), de autoria do engenheiro e urbanista José Otacílio Saboya Ribeiro, impulsionou o desenvolvimento da região. Inspirado nos ideais anglo-americanos da Cidade Jardim, o plano buscava conciliar a natureza local com o desenvolvimento urbano. A Companhia Recreio dos Bandeirantes, nos anos de 1958 e 1959, foi responsável pela implementação do projeto e venda dos lotes recém-desmembrados da chamada Gleba B. O corretor de imóveis Sergio Castro, fundador da tradicional corretora que leva seu nome, desempenhou um papel fundamental na venda desses lotes. O barracão da Sérgio Castro Imóveis, próximo à Pedra do Pontal, marcou o início do desenvolvimento do Recreio3.
Apesar de seu crescimento, o bairro enfrentou desafios relacionados ao acesso a serviços básicos, como esgoto e água. Somente na década de 1990, durante o governo de Marcello Alencar, o abastecimento pleno de água foi implementado de forma abrangente3. Hoje, o Recreio dos Bandeirantes é uma área vibrante, com praias movimentadas e uma comunidade diversificada, mas sua história remonta a um passado de vastidão e isolamento.